Com o humorista, roteirista e apresentador Fábio Porchat e a participação especial do professor e pesquisador Fábio Mariano da Silva.
O episódio #36 – Parte 2 do almasculina” traz o humorista, roteirista e apresentador Fábio Porchat (@fabioporchat), que fala sobre antirracismo, humor… Sempre relacionados à sua visão sobre as masculinidades.
O professor e pesquisador Fábio Mariano da Silva (@fabioms08) é o nosso convidado no “Lugares Comuns”, quadro que dá voz a especialistas, gente que pesquisa e entende muito do assunto, explicando termos, conceitos e ampliando a nossa visão sobre tópicos mais específicos.
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– Ouça aqui o episódio na íntegra:
– Assista à gravação na íntegra e o “Lugares Comuns”, com o Fábio Mariano da Silva, no nosso canal no Youtube!
ASPAS
– Livro “De Guri a Cabra-Macho – Masculinidades no Brasil”, organizado por Marcio Caetano e Paulo Melgaço da Silva Júnior:
O discurso masculino burguês é uma prática de significado do mundo, marcada pela ideologia androcêntrica burguesa, a fim de manter os interesses políticos e econômicos da burguesia. Esse discurso teve seu momento áureo no século XIX, quando se estabeleceu como ordem discursiva hegemônica no Ocidente.
Os valores que, nas práticas discursivas constituem o sistema de crenças burguês do homem moderno são constituídos por: comportamento viril – potência, poder e posse – aliado à contenção das violentas expressões emocionais (características essas do homem medieval); aspectos visuais que denotem virilidade, como a força e a beleza corpórea do homem; imagem de trabalhador sério e exemplar; a família como célula (privada) da sociedade; e ser branco, heterossexual, saudável, forte, valente, destemido e autocontrolado. (…)
O discurso masculino burguês é dinâmico e histórico, dando-nos a ideia de uma prática específica pela forma como os valores acima citados se relacionam dentro de uma mesma formação discursiva. (…)
Mesmo assim, tratava-se de um tipo de moral sustentada com certa dose de hipocrisia com relação ao comportamento masculino: exigia-se a castidade das mulheres solteiras e a fidelidade das casadas; paralelamente, verificam-se ‘a caça livre de todas as mulheres por todos os jovens burgueses solteiros e uma infidelidade tolerada para os casados. Esse jogo dentro das famílias era aceito como natural. (…)
As masculinidades são construídas em dois campos inter-relacionados de relações de poder – nas relações de homens com mulheres (hierarquias de gênero) e nas relações dos homens com outros homens (hierarquias baseadas em etnicidade, classe social, geração, sexualidade etc.). O sexismo e a homofobia são elementos constitutivos na construção social das masculinidades. Sendo assim, o ‘outro’ do masculino, o não masculino, precisava ser bem definido, a fim de garantir o controle ideológico de uma sociedade moderna e masculina, em que esse ‘outro’ assume sentidos como efeitos do discurso da masculinidade hegemônica e burguesa”.
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Fábio Porchat indicou:
– Documentário “A Máscara em que Você Vive”(2015), de Jennifer Siebel Newsom:
Imprescindível para quem quer pensar as masculinidades, o filme traz à tona a importantíssima reflexão sobre o paradigma da educação machista, inclusive destacando quanto sofrimento ela causa aos meninos – e depois aos homens adultos –, que são pressionados a atender às expectativas da sociedade e a ser o que se considera um homem bem-sucedido. Disponível no YouTube.
– Série “Doutor Castor” (2021), de Rodrigo Araújo e Marco Antônio Araújo:
Doutor Castor é uma série documental que conta a história de Castor de Andrade, o bicheiro mais famoso do Rio de Janeiro. A produção explora as múltiplas facetas de um personagem que transitava em diversos ambientes, desde o jogo do bicho e a criminalidade até duas paixões populares, como o Carnaval e o futebol. No final dos anos 60, Castor assumiu a direção do Bangu e conquistou diversos títulos, como o Campeonato Carioca de 1966. Castor também atuou como presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel, escola de samba pela qual era apaixonado e com a qual se consagrou campeão cinco vezes. Os quatro episódios trazem casos irreverentes e situações inéditas do lendário contraventor, que morreu em 1997, depois de construir um império patrocinado pelo samba, pelo futebol e pela violência. Entre os entrevistados está Agnaldo Timóteo, cantor que era amigo íntimo de Castor e que, inclusive, interpretou a canção “Ave Maria” no velório do bicheiro. Disponível no GloboPLay.
Paulo Azevedo indicou:
– Série de comédia francesa “Dix Pour Cent” (2015), de Dominique Besnehard e Fanny Herrero:
Em “Dix Pour Cent”, Andrea, Mathias, Gabriel e Arlette, funcionários da agência de talentos ASK, lidam diariamente com situações complicadas e defendem sua visão do negócio. Eles habilmente combinam arte e negócios, mas suas vidas privadas e profissionais às vezes entram em conflito. Enquanto lutam para salvar o escritório, abalados pela morte repentina de seu fundador, os quatro agentes precisam sobreviver ao selvagem mundo das celebridades, no qual risos, emoções, transgressões e lágrimas colidem constantemente. Disponível na Netflix.
– Documentário chileno “O Agente Duplo” (2020), de Maite Alberdi:
No documentário chileno, Sergio é um espião chileno. Ele recebe o papel após uma sessão de elenco organizada pelo detetive Romulo, um investigador particular que precisa de uma vergonha credível para se infiltrar em uma casa de repouso. O cliente de Rômulo, filha preocupada de um morador, suspeita que sua mãe esteja sendo abusada e o contrata para descobrir o que realmente está acontecendo. O indicado ao Oscar 2021 como Melhor Documentário está disponível no GloboPlay.
– Minissérie inglesa SmallAxe (2020), criada por Steve McQueen:
Criada e dirigida por Steve McQueen, primeiro cineasta negro a levar o Oscar de Melhor Filme por 12 Anos de Escravidão, a produção está sendo aclamada pelo público e crítica. Segundo o diretor, a ideia de fazer a série surgiu há 11 anos com o intuito de abordar a luta contra o racismo no Reino Unido. A produção conta com cinco episódios que não são ligados entre si, porém todos ambientados em Londres, entre os anos 1969 e 1982. As histórias abordam situações que vão desde a luta por direitos até a violência policial contra negros. Disponível no GloboPlay.
– Programa “Papo de Segunda”, do GNT:
No programa semanal, Fabio Porchat, Emicida, Chico Bosco e João Vicente De Castro debatem assuntos atuais e atemporais, trazendo pontos de vista distintos sobre o comportamento humano e a sociedade, sempre com convidados diversos. Disponível também como podcast no Spotify.
almasculina é feito por:
Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).
Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).
Identidade visual e arte: Glaura Santos (@glaurasantos).
Fotos: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).
Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).
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