Com o músico e compositor Paulo Novaes e a participação especial do professor e pesquisador Fábio Mariano da Silva.

O episódio #35 – Parte 1 do almasculina” traz o músico e compositor Paulo Novaes (@paulonovaes), que fala sobre influências familiares, contexto político brasileiro, amor, MPB… Sempre relacionados à sua visão sobre as masculinidades.

O professor e pesquisador Fábio Mariano da Silva (@fabioms08) é o nosso convidado no “Lugares Comuns”, quadro que dá voz a especialistas, gente que pesquisa e entende muito do assunto, explicando termos, conceitos e ampliando a nossa visão sobre tópicos mais específicos.

E para que o almasculina continue no ar, precisamos da sua colaboração! Iniciamos uma campanha de financiamento coletivo que traz benefícios exclusivos para nossos apoiadores! Acesse www.catarse.me/almasculina e saiba mais! Participe!

– Ouça aqui o episódio na íntegra:

– Assista à gravação na íntegra e o “Lugares Comuns”, com o Fábio Mariano da Silva, no nosso canal no Youtube!

ASPAS 

– Livro “A Cabala da Comida, de Nilton Bonder:

“Na realidade, aproximar-se de alguém diz mais respeito a encontrar em outra pessoa uma vibração ou aura que nos faça imediatamente perceber que ela está ligada ao ciclo da vida. A desarmonia é o impuro que nos afasta daqueles ou daquilo de que queremos estar juntos. Permanecemos de longe invejando todo um mundo sem entendermos por que não é nosso. A razão disto é que nos mantemos, sem perceber, ao largo do fluxo de vida, de troca.

O que ‘entra’, sob forma de pensamento ou emoção, passa a ser nosso, nos constitui. Devemos nos resguardar para que não sejamos poluídos em nossas conclusões e sentimentos. Da mesma maneira, aquilo que ingerimos irá fazer parte de nós, de nossa individualidade, e deve, portanto, ser comprometido com esta responsabilidade maior que devemos ter para conosco.

Para a maioria de nós, nossos corpos são meros endereços e poucos dentre nós sentem-se em casa com eles. Sem percebemos, nos deslocamos, nos afastamos de nosso corpo e vivemos o saudosismo de tempos de outrora em que estávamos em casa (ou pelo menos em seu quintal). É claro que muitos de nós nunca tivemos físicos esteticamente perfeitos, mas, sem dúvida, já experimentamos momentos de bem-estar e saúde em nossas trocas, nas quais os mecanismos de ‘recebimento’ estavam abertos. O reencontro com o corpo-casa é o fim do exílio deste corpo-endereço. Nosso maior problema é que a busca de um retorno a algo ou a um físico que não somos fatalmente nos leva a nunca chegar a casa, mesmo que nossos corpos se modifiquem, pois assim apenas mudamos de endereço.

Mudar, por sua vez, tem a ver com poder livrar-se de atitudes-padrão que se repetem constantemente sem que percebamos. A cada repetição estamos mais vulneráveis à inclinação ao negativo, e é esta inclinação ao hábito, ao que não é pensado ou escolhido, que acaba por nos impossibilitar a liberdade. A liberdade nada mais é do que a consciência das alternativas e da possibilidade de escolhas. É, na verdade, uma contingência da consciência… Nada nos garante nossa liberdade. Negue-a com uma certa frequência e um dia ela lhe terá abandonado de vez, sem que se saiba como ou quando aconteceu!”.

ESCUTA AQUI

Paulo Novaes indicou:

– Música de Gilberto Gil, “Super Homem – A Canção”;

– Filme “Padman” (2018), de R. Balki:

O filme é baseado na história real de Arunachalam Muruganantham, inventor de uma maquina que produz absorvente feminino de baixo custo, ajudando a conscientizar a população sobre práticas anti-higiênicas tradicionais em torno da menstruação na Índia rural. Disponível na Netflix;

– Série “Homens?” (2019), de Fábio Porchat:

Realizado pelo Porta dos Fundos, a série traz as aventuras de Gustavo, Pedrinho, Pedro e Alexandre, quatro amigos de longa data que se sentem perdidos a medida que o mundo contemporâneo se reinventa e as mulheres se empoderam. Eles entendem que foram criados de forma machista e querem modificar seu comportamento, mas acabam encontrando dificuldades no meio do processo. Disponível no Prime Video da Amazon e no Comedy Central.

– Série “This Is US” (2016-2020), criado por Dan Fogelman:

A premiada série, que chega à 5ª temporada, apresenta a história de três pessoas nascidas no mesmo dia, dois homens e uma mulher. A trama navega entre os anos 1980 e os dias atuais da Família Pearson, mostrando a infância de cada uma delas em contraste com a vida adulta, marcada por uma grande tragédia familiar. Disponível no Prime Video da Amazon e na Fox;

– Livro “Ponto de Mutação: A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente”, de Fritjof Capra:

A dinâmica subjacente aos principais problemas de nosso tempo – o câncer, o crime, a poluição, o poder nuclear, a inflação, a carência de energia – é sempre a mesma. Chegamos a uma época de mudanças dramática e potencialmente perigosa, um ponto de mutação para o planeta como um todo. Estamos precisando de uma nova visão da realidade, que permita que as forças que estão transformando o nosso mundo possam fluir como um movimento positivo de mudança social. O físico e pensador sistêmico Fritjof Capra nos apresenta essa visão, um paradigma holístico que une o que há de melhor entre a ciência e espiritualidade.

Paulo Azevedo indicou:

– Documentário “Absorvendo Tabu” (2019), de Rayka Zehtabchi:

Oscar de Melhor Documentário de Curta-Metragem, o filme acompanha o cotidiano de uma comunidade rural na Índia. Em Harpur, a primeira menstruação significa que as meninas devem interromper os estudos. O documentário retrata o processo de implementação de uma máquina que produz absorventes biodegradáveis. Melhores condições de saúde e a chance de desenvolver uma nova habilidade para a promoção da independência financeira. Disponível na Netflix;

– Filme “O Som do Silêncio” (2020), de Darius Marder:

Protagonizado pelo incrível Riz Ahmed, o premiado “O Som do Silêncio” retrata o momento em que Ruben, um baterista, perde, subitamente, a audição. E não só: perde sua parceira de vida e música. Depois disso, se vê recolhido numa instituição dedicada ao tratamento de pessoas surdas. É tipo de filme que é uma pena não assistir numa sala de cinema por conta do sensacional design de som, que traz toda a sensação que o personagem está sentindo nesse processo. Mas, mesmo assim, taí uma ótima dica que está entre os destaques da temporada de prêmios 2021.Disponível no Prime Video da Amazon;

– Filme “Uma Noite em Miami”(2020), de Regina King:

Adaptação da peça homônima, o filme é um relato fictício do tal acontecimento narrado na realidade, mas não se tem conhecimento de como exatamente ele aconteceu. No caso, a premissa imagina o que foi conversado numa noite em que quatro dos maiores símbolos do movimento negro norte-americano – Cassius Clay/Muhammad Ali, Malcolm X, Sam Cooke e Jim Brown – se reuniram em Miami para discutir seus futuros e seus papéis no movimento pelos direitos civis e na revolução cultural dos anos 60. Com atuações incríveis e direção apurada de Regina King, esse também é uma ótima dica dos possíveis premiados da temporada 2021. Disponível no Prime Video da Amazon;

– Série “I May Destroy You”(2020), de Michaela Coel:

I May Destroy You se tornou uma sensação entre as novas séries de 2020, talvez porque seu teor autobiográfico seja tão potente. Michaela Coel escreve, produz, protagoniza e codirige alguns dos 12 episódios da BBC e HBO. A temporada reconta de forma autoficcional, a história do estupro que ela sofreu na época em que criou e estrelou outro sitcom e se baseia no processo de cura dessa experiência. Ao mesmo tempo, Arabella se descobre pessoal e profissionalmente, tanto na relação com a família imigrante quanto nas trocas com amigos e parceiros sexuais. Difícil descrever toda a genialidade da série, mas estão lá temas como o consentimento, racismo e amizade. Disponível na HBO Brasil.

almasculina é feito por:

Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Identidade visual e arte: Glaura Santos (@glaurasantos).

Fotos: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

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