Em janeiro, enquanto retomamos o fôlego para a nova temporada, temos episódios especiais com alguns dos melhores momentos de 2021, divididos em quatro partes. O melhor de tudo, foi se dar conta do quanto foi difícil selecionar somente alguns trechos de todas as conversas incríveis que tivemos ano passado.

Aproveite a chance de conhecer um pouco de tudo que vivenciamos juntos em 2021 nessa breve retrospectiva. E, quem sabe, querer escutar os episódios na íntegra que ainda não ouviu ou relembrar aqueles que mais curtiu!

Nesta primeira parte, você confere a nossa seleção de alguns do melhores momentos das conversas com os nossos convidados dos episódios #33 ao #38: LEONARDO PIAMONTE, ARIEL NOBRE, PAULO NOVAES, FÁBIO PORCHAT, BRUNO AMORIM e PADRE JÚLIO LANCELLOTTI.

E relembramos também a participação do professor e pesquisador Fábio Mariano da Silva no “Lugares Comuns”, quadro que dá voz a especialistas, gente que pesquisa e entende muito do assunto, explicando termos, conceitos e ampliando a nossa visão sobre tópicos mais específicos. Está imperdível!

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– Ouça aqui o episódio na íntegra:

ASPAS #33: 

– Artigo “Por que suprimir as emoções faz dos homens as principais vítimas de suicídio?”, de Leonardo Piamonte, publicado no site Papo de Homem:

“…Lembro do parquinho cheio de crianças pequenas que costumava visitar antes da pandemia, quando meus meninos eram menores. O parquinho sempre me levou para um pensamento semelhante ao que descrevi antes: por que as nossas crianças, que brincam agora indiferentes com gravetos, folhas e baldinhos de areia, que pulam, correm e se sujam por igual, daqui a pouco vão se distanciar entre eles, segregando meninos de meninas? 

Porque estas crianças vão, em dado momento, divergir nos seus interesses, nas suas condutas, nas suas convicções sobre o que podem e não podem? Na sua noção de cuidado, de diálogo, de empatia, de competitividade, para finalmente se tornarem adolescentes e posteriormente adultos que, dando quase razão a livros baratos e pseudocientíficos de autoajuda, parecem que vieram de planetas diferentes? Por que aquela menininha que brinca com um gravetinho lá, daqui a pouco será mais solicitada nas tarefas do lar que o menininho do balde? Porque o menininho do balde entenderá, daqui a pouco, que a vida é uma eterna e inútil concorrência com outros menininhos para ficar à frente deles, e atrás de outros tantos, em um labirinto infinito que promete fama, glória e acesso livre a mulheres que outrora brincavam  com ele no parquinho? Será que ele vai se matar aos 17 anos por um desamor? Será ele capaz de matar a sua ex? Por motivos muito complexo que não caberiam num único texto, esse nosso menininho deve criar, ao redor dos seus 4 anos de vida, uma forte tendência a se identificar com os outros menininhos e, por caminhos sociais muito rudimentares, pode vir a rejeitar aquilo que não faz parte do seu grupo identificado.

Esse processo é o que os manos chamam em inglês, muito elegantemente, de ‘ingroup/outgroup bias’, que não é mais do que eu enaltecer as características e os membros do meu grupo ao mesmo tempo que reduzo e rejeito as características e os membros de outro grupo “concorrente”. Assim, o nosso menininho irá se interessar mais por outros meninos, se divertir mais na companhia deles, admirá-los. Ele deverá ter apenas ídolos masculinos e se espelhar em figuras masculinas exclusivamente. Mas não só isso, ele também irá rejeitar, menosprezar e tentar se distanciar ativamente daquilo que remete ao outro grupo, isto é: as meninas e o universo feminino. Na nossa sociedade, em que as meninas são mais solicitadas nas atividades do lar, mais treinadas para exercer o cuidado com ela mesma (cabelo, unhas, roupa) e com os outros (bonecas que precisam ser alimentadas, trocadas, carregadas), não surpreende que sejam os sentimentos, os afetos e as emoções partes estruturantes do domínio feminino, junto com o cuidado, a empatia, a solidariedade e a cooperação”. 


LUGARES COMUNS com o Fábio Mariano da Silva sobre “Privilégios e masculinidades” (#34):

Paulo Azevedo: “Fábio a gente tem falado muito sobre o lugar de privilégio dos homens, principalmente, de homens brancos, hetero, cis e, por aí vai. O que falta para os homens entenderem ou perceberem, que as masculinidades estão relacionadas a muitos problemas sociais que a gente vem debatendo e discutindo aqui no almasculina e, em vários outros lugares da sociedade, de danos físicos, emocionais e psíquicos. De agente de violência contra si mesmo e aos outros, qual que seria o privilégio e benefício de sustentar essa posição tão pesada?

Fábio Mariano da Silva: “Então, porque quando a gente está falando de privilégio é importante pensar que está falando de um grupo muito pequeno, porque se a gente for pensar do ponto de vista educacional, quem tem acesso à educação, ainda é um percentual muito pequeno da sociedade brasileira. Quando você fala, por exemplo do domínio de uma segunda língua, são pouquíssimas pessoas e tudo isso diz respeito a privilégios que são exercidos historicamente. Quando você fala de masculinidade, você fala de um lugar de privilégio, que é um lugar em que você sempre foi o centro. E que você sempre foi o centro em detrimento da outra, do outro, das mulheres e daqueles que exercem marcadores de dissidências sexuais. Então, pra que a gente possa avançar, você precisa romper. Pra romper, você precisa mexer no privilégio, pra você mexer no privilégio, você precisa tratar, por exemplo, do ponto de vista racial, como se dão as políticas públicas de reparação histórica. Como é que você vai fazer, por exemplo, pra que as mulheres acessem o mercado de trabalho e mais do que isso, elas não só acessem o mercado de trabalho, mas elas alcem os postos do poder dentro das empresas, cargos de chefia, de gerência e, assim por diante. É mexer nesses lugares que vai fazer com que você de fato esteja fazendo o quê? De fato esteja mexendo com os privilégios. Porque o privilégio, quando a gente está falando de privilégio, a gente está falando de estruturas, estruturas muito bem alicerçadas que fizeram com que os homens fossem se apropriando desses espaços. E mexer nessas estruturas significa retirar as garrinhas dos homens que estão ali. Fazer, não! Nós precisamos dividir! Nós precisamos dividir em termos políticos tudo aquilo que eu tive, para que mulheres, pessoas negras, LGBT, e assim por diante, também tenham. Quando você fala de privilégios, a gente está falando de uma estrutura de poder. E a estrutura de poder ela vai se dar quando você diz assim: ”ah, as mulheres ingressaram no mercado de trabalho”. Não! Elas ingressaram no mercado de trabalho, mas elas não têm o mesmo salário. Elas ingressaram no mercado de trabalho, mas para exercer as funções iguais às dos homens elas precisam ter o mesmo salário, elas precisam ter as mesmas condições de acesso. E você não dá acesso do dia para a noite, quando historicamente você negou esse acesso, porque há uma desvantagem desses grupos para chegar até aí. E é isso que a gente precisa entender, então mexer no privilégio, vai fazer com que você gire em torno desses temas, que são temas caros, porque a gente sempre viveu sob o mito da democracia racial, sempre viveu sob o mito da igualdade sexual, da igualdade de direitos, quando na verdade, o que aconteceu é que os direitos foram depositados para uns e os outros foram sendo alijados. O que a gente precisa fazer é reconstituir as políticas de aliança, para que a gente entenda o direito que as diferenças têm de exercer esses lugares que historicamente foram ocupados por homens, homens brancos e cis, heteros. ”

Paulo Azevedo: “E perceber o preço de manter essa estrutura que foi criada, não por você, que veio antes de você e talvez não faz mais sentido, né? Assim como muitas estruturas da história da humanidade desapareceram por não fazer mais sentido”.

Fábio Mariano da Silva: “Exatamente tem uma coisa muito importante, que você disse, que é:  você precisa perceber de onde os privilégios vêm, porque você pode dizer: “Eu não sou machista”, ”Eu não sou racista”, “ Eu tenho amigos, eu divido espaços”. A questão é que você não é racista, mas se você continua a usufruir de uma estrutura de privilégio histórico, você está sendo conivente com o racismo, porque você pode dizer que não é, mas você está se beneficiando de uma estrutura que é. Você pode dizer: “Mas eu não criei o racismo, eu não criei o heteroterrorismo, eu não criei o machismo”. Mas você acaba se beneficiando dela, quando você vai, sem dar lugar nem oportunidade para o outro. É preciso que a gente tire o pensamento de que negros falam só de negros e de racismo, que mulheres falam só sobre mulheres e feminismo, e é preciso dar voz para que essas pessoas possam falar de todo e qualquer tema. Temas, por exemplo, que foram negados durante a história para eles. Então, se você não faz isso, está se beneficiando de uma estrutura, que é uma estrutura de privilégios. E você está automaticamente, exercendo seu privilégio sobre a outra pessoa”.

ESCUTA AQUI

Livro “Gênero e Os Nossos Cérebros: Como a Neurociência Acabou com o Mito de Um Cérebro feminino e masculino”, de Gina Rippon (indicado por Leonardo Piamonte no episódio #33):

O seu cérebro é feminino ou masculino? Isso realmente existe ou é a pergunta que está errada? Diariamente encontramos crenças profundas e afirmações apaixonadas de que o nosso sexo determina as nossas habilidades e preferências, de brinquedos a cores, de carreiras a salários. Mas o que isso significa em relação ao que pensamos, decidimos e a como nos comportamos?
Há décadas, talvez séculos, a ciência forneceu à sociedade o conceito de que homens e mulheres são essencialmente diferentes, e de que o mundo se divide entre dois tipos de cérebro: o masculino e o feminino. Gina Rippon desafia esse mito danoso ao mostrar como a comunidade científica criou preconceitos e estereótipos ao reconhecer apenas os estudos que revelavam as diferenças em detrimento das semelhanças entre os sexos. A partir das mais recentes descobertas da neurociência e da psicologia, os estereótipos que nos bombardeiam desde que nascemos são confrontados com evidências. A autora argumenta e, por fim, prova que os cérebros são como mosaicos compostos por peças tanto masculinas quanto femininas, e seguem sendo órgãos plásticos, que se adaptam ao longo do curso da vida de cada um, garantindo, assim, que as diferenças evidentes entre os gêneros são construídas pela sociedade, que continua a divulgar e perpetuar conceitos científicos errôneos. Rigoroso, atemporal e libertador, Gênero e os nossos cérebros tem um impacto imenso em mulheres, homens, pais e filhos, e em como identificamos a nós mesmos;

– Série “Wanderlust – Navegar É Preciso” (2018), de Nick Payne (indicado por Paulo Azevedo no episódio #33):

A produção da BBC, disponível na Netflix, é protagonizada por Joy Richards (Toni Collette): uma terapeuta que está decidida a reacender a chama do seu casamento de 20 anos e três filhos, após um acidente de bicicleta. Enquanto tenta uma reconciliação, ela se depara com algumas histórias de amor, ganância e desejos proibidos pelo caminho. Mais que abordar relacionamentos abertos, a série aborda a crise de meia idade e o resgate de um passado compensatório com ótimos roteiro e elenco;

– Livro “Inteligência emocional – A Teoria Revolucionária Que Redefine o que é ser inteligente”, de Daniel Goleman (indicado por Ariel Nobre no episódio #34):

Publicado pela primeira vez em 1995, nos Estados Unidos, este livro transformou a maneira de pensar a inteligência. Alterou práticas de educação e mudou o mundo dos negócios. Das fronteiras da psicologia e da neurociência, Daniel Goleman trouxe o conceito de “duas mentes” – a racional e a emocional – e explicou como, juntas, elas moldam nosso destino. Segundo Goleman, a consciência das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. Partindo de casos cotidianos, o autor mostra como a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode minar a experiência escolar, acabar com carreiras promissoras e destruir vidas. O fracasso e a vitória não são determinados por algum tipo de loteria genética: muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados. Utilizando exemplos marcantes, Goleman descreve as cinco habilidades-chave da inteligência emocional e mostra como elas determinam nosso êxito nos relacionamentos e no trabalho, e até nosso bem-estar físico. Pais, professores e líderes do mundo dos negócios sentirão o valor desta visão arrebatadora do potencial humano.

– Filme “Uncle Frank” (2020), de Alan Ball (indicado por Paulo Azevedo no episódio #34):

É um drama sensível sobre preconceito sexual sobre descobertas e grandes lições da vida. A trama se passa em 1973, 4 anos após a rebelião de Stonewall, em Nova Iorque e marcou a história LGBT na América do Norte. Nela, a adolescente Beth Bledsoe deixa sua cidade natal na zona rural do sul dos Estados Unidos para estudar na Universidade de Nova York, onde seu amado tio Frank é um reverenciado professor de literatura. Ela logo descobre que Frank é gay e mora com seu parceiro de longa data, escondendo o fato por anos. Após a morte repentina do pai, Frank é forçado a voltar para casa de sua infância, com relutância, para o funeral, e finalmente enfrentar um trauma do qual ele passou toda a sua vida adulta fugindo. Alan Ball é responsável por sucessos como as séries “True Blood”, “Sete Palmos” e pelo premiado “Beleza Americana”. Disponível no Prime Video da Amazon;

– Série “Homens?” (2019), de Fábio Porchat (indicado por Paulo Novaes no episódio #35):

Realizado pelo Porta dos Fundos, a série traz as aventuras de Gustavo, Pedrinho, Pedro e Alexandre, quatro amigos de longa data que se sentem perdidos a medida que o mundo contemporâneo se reinventa e as mulheres se empoderam. Eles entendem que foram criados de forma machista e querem modificar seu comportamento, mas acabam encontrando dificuldades no meio do processo. Disponível no Prime Video da Amazon e no Comedy Central;

– Série “I May Destroy You”(2020), de Michaela Coel (indicado por Paulo Azevedo no episódio #35):

I May Destroy You se tornou uma sensação entre as novas séries de 2020, talvez porque seu teor autobiográfico seja tão potente. Michaela Coel escreve, produz, protagoniza e codirige alguns dos 12 episódios da BBC e HBO. A temporada reconta de forma autoficcional, a história do estupro que ela sofreu na época em que criou e estrelou outro sitcom e se baseia no processo de cura dessa experiência. Ao mesmo tempo, Arabella se descobre pessoal e profissionalmente, tanto na relação com a família imigrante quanto nas trocas com amigos e parceiros sexuais. Difícil descrever toda a genialidade da série, mas estão lá temas como o consentimento, racismo e amizade. Disponível na HBO Brasil;

– Documentário “A Máscara em que Você Vive”(2015), de Jennifer Siebel Newsom (indicado por Fábio Porchat no episódio #36):

Imprescindível para quem quer pensar as masculinidades, o filme traz à tona a importantíssima reflexão sobre o paradigma da educação machista, inclusive destacando quanto sofrimento ela causa aos meninos – e depois aos homens adultos –, que são pressionados a atender às expectativas da sociedade e a ser o que se considera um homem bem-sucedido. Disponível no YouTube.

– Documentário chileno “O Agente Duplo” (2020), de Maite Alberdi (indicado por Paulo Azevedo no episódio #36):

No documentário chileno, Sergio é um espião chileno. Ele recebe o papel após uma sessão de elenco organizada pelo detetive Romulo, um investigador particular que precisa de uma vergonha credível para se infiltrar em uma casa de repouso. O cliente de Rômulo, filha preocupada de um morador, suspeita que sua mãe esteja sendo abusada e o contrata para descobrir o que realmente está acontecendo. O indicado ao Oscar 2021 como Melhor Documentário está disponível no GloboPlay.

⁃ Documentário “Emicida: AmarElo – É Tudo Pra Ontem”(2020), dirigido por Fred Ouro Preto (indicado por Bruno Amorim no episódio #37):

A gravação do show que o rapper fez em novembro de 2019 no Theatro Municipal de São Paulo se mistura, com historiografia da negritude brasileira, reparação histórica, análise sociológica, autobiografia e, eventualmente, no meio disso tudo, um registro de making-of. É expressão de uma pretensão artística da mesma forma que é expressão de uma urgência no discurso. Emicida é personagem e narrador, ele se coloca como a figura capaz de personificar e organizar essa variedade de registros, porque antes de mais nada o rapper, com sua fala tranquila, faz aqui a voz da razão. Disponível na Netflix; 

– Documentário “Crip Camp: Revolução pela inclusão” (2020), de Jim LeBrecht e Nicole Newnham (indicado por Paulo Azevedo no episódio #37):

O indicado ao Oscar 2021 de melhor documentário, traz a história do Campa Jened, uma colônia de férias para jovens com deficiência criada em 1951. Em meados dos anos 70, foi palco de uma revolução de costumes e ativismo por inclusão, mudando a legislação de acessibilidade para todos. Vale ressaltar que a produção é de Higher Ground, de Michelle e Barack Obama. O indicado ao Oscar 2021 de melhor documentário está disponível na Netflix;

– Livro “A Loucura de Deus”, de Alberto Maggi (Paulus Editora – indicado por Padre Júlio Lancellotti 

no episódio #38):

“A loucura de Deus é mais sábia que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens” (1Cor 1,25). Rejeitado pela família, de modo que “nem mesmo os seus irmãos acreditavam nele” (Jo 7,5), e abandonado por grande parte dos seus seguidores “muitos dos seus discípulos se afastaram e não andavam mais com ele”, (Jo 6,66), para as autoridades judaicas Jesus é apenas um louco, um obcecado (Jo 8,48). Somente um louco, um samaritano endemoninhado, podia, com efeito, denunciar os chefes religiosos como filhos do diabo e assassinos (Jo 8,48), e desejar o fim da instituição religiosa que se acreditava fosse desejada pelo próprio Deus;

– Filme “Boy Erased – Uma Verdade Anulada”(2019), de Joel Edgerton (indicado por Paulo Azevedo no episódio #38):

Baseado em fatos reais narrado da autobiografia de Garrard Conley, esta é a corajosa história do jovem Jared Eamons, que é gay e filho de um pastor batista, em uma pequena cidade americana. Receoso de perder família, amigos e comunidade, ele é pressionado a se submeter a um programa de “reorientação sexual”. Durante o tratamento, Jared entra em conflito com seu líder e começa sua jornada para encontrar sua própria voz e aceitar sua própria personalidade. Vale lembrar que esse tipo de programa é proibido no Brasil, mas, ainda hoje, é praticado em 36 estados americanos. Segundo o filme, cerca de 600 mil pessoas já foram submetidas a procedimentos desse tipo, considerados como uma grave ameaça à saúde pela ONU. Em 2018, mesmo tendo grandes nomes no elenco, como Nicole Kidman e Russel Crowe, o lançamento em 2018 foi cancelado no Brasil. O autor da história chegou a acusar a distribuidora de censura. Disponível no Looke, Telecine, Now, AppleTV e GooglepLay.

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Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Identidade visual e arte: Glaura Santos (@glaurasantos).

Fotos: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

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