Com o palhaço, escritor e educador Cláudio Thebas e a participação especial da psicanalista, escritora, jornalista Maria Rita Kehl

O episódio #55 – Parte 2 do @almasculina traz o palhaço, escritor e educador Cláudio Thebas (@claudiothebas), que fala sobre o lugar da escuta, luto… Sempre relacionados à sua visão sobre as masculinidades.

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– Ouça aqui o episódio na íntegra:

– Assista à gravação na íntegra no nosso canal no Youtube!

ASPAS:

– Livro “O Palhaço e o Psicanalista: Como estudar os outros pode transformar vidas”, por Christian Dunker e Cláudio Thebas:

“Pedir é potencialmente compartilhar o vazio. Compartilhar o que nos falta e o que teremos. Quem não consegue pedir, em geral, está demasiadamente dependente de experiências de possessão. Quem não consegue pedir terá dificuldade para escutar. (…)

Escutar é dar seu silêncio e atenção, assim como falar é dar palavras para o outro. Escutar é receber as palavras que o outro te envia, receber com cuidado e com rigor, como se recebem presentes, mas também como se recebem ordens, ou uma carta, que requer leitura e interpretação.

A verdadeira escuta é um ato político, porque ela suspende os lugares constituídos para colocar todo centro e poder nas palavras que estão efetivamente sendo ditas, independentemente de quem as está pronunciando. Quando as práticas feministas insistem na importância da interrupção da fala da mulher pelo homem (manterrupting), do silenciamento, na desclassificação (gaslighting), na tradução ou apropriação de ideias (bropriating), na determinação do sentido da conversa (mansplaining) que os homens habitualmente impõem às mulheres, elas estão denunciando exatamente isso. É daí que veio a noção de ‘lugar de fala’, ou da expressão ‘de um ponto de vista feminista’, como uma forma de acentuar e exagerar fenômenos de poder ligados às antecipações de sentido que fazemos, inclusive quando nos autorizamos a falar pelo outro e a nos apropriarmos do sentido do que ele diz.

Por isso, queremos pensar também o que seria o ‘lugar de escuta’, que possui uma condição de base homóloga, a saber, a vulnerabilidade. (…) Vulnerabilidade promove conexão. (…) Uma das formas de acolher a nossa vulnerabilidade e compartilhá-la com outro é experimentá-la como uma insuficiência do saber. Isso se mostra, na prática do diálogo, por meio da alternância do silêncio e do vazio, da fala e da escuta, do consenso e do dissenso, da aproximação e do distanciamento do outro”.

almasculina é feito por:

Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Identidade visual e arte: Glaura Santos (@glaurasantos).

Fotos: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

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