Com o músico, compositor e roteirista Bemti e a participação especial da psicanalista, escritora, jornalista Maria Rita Kehl

O episódio #52 – Parte 2 do @almasculina traz o músico, compositor e roteirista Bemti (@bemtii), que fala sobre infância, a relação com o urbano, pandemia e solidão, amor e relacionamentos, representatividade, Brasil atual… Sempre relacionados à sua visão sobre as masculinidades.

A psicanalista, escritora, jornalista e integrante da Comissão Nacional da Verdade (2012-14) Maria Rita Kehl (@mariaritakehl.oficial) é a nossa convidada no “Lugares Comuns”, quadro que dá voz a especialistas, gente que pesquisa e entende muito do assunto, explicando termos, conceitos e ampliando a nossa visão sobre tópicos mais específicos.

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E desde já agradecemos a todos os nossos apoiadores, em especial: Alexandre Valverde, Ana Maria de Lima Rodrigues, Ângela Mucida, Danilo Azevedo, Felipe José Nunes Rocha, Juliana Dias e Tânia Simão Bacha Silva.

– Ouça aqui o episódio na íntegra:

– Assista à gravação na íntegra no nosso canal no Youtube!

ASPAS:

– Livro “O Quarto de Giovanni”, de James Baldwin (Editora Companhia das Letras):

“Pois eu sou – ou era – uma dessas pessoas que se orgulham de possuir força de vontade, de conseguir tomar uma decisão e leva-la a cabo. Essa virtude, como a maioria das virtudes, é totalmente ambígua. As pessoas que julgam ter força de vontade e controlar seu próprio destino só conseguem continuar acreditando nisso tornando-se peritas em enganar a si próprias. Suas decisões na verdade não são decisões – uma decisão de verdade torna a pessoa humilde, pois ela sabe estar à mercê de tantos fatores que nem é possível lista-los – e, sim complexos sistemas de evasão, de ilusão, com o objetivo de fazer com que elas e o mundo pareçam ser aquilo que elas e o mundo não são. (…)

Eu decidira não deixar nenhum espaço no universo para uma coisa que me inspirava vergonha e medo. Nisso saí-me muito bem – jamais encarando o universo, jamais encarando a mim mesmo, permanecendo em movimento constante. Mas até mesmo o movimento constante, é claro, não impede que de vez em quando haja uma queda misteriosa, como acontece quando um avião encontra uma turbulência. (…)

Hoje, creio que, se na época eu fizesse ideia de que o eu que ia terminar encontrando acabaria sendo o mesmo do qual havia passado tanto tempo fugindo, teria ficado na minha terra. (…)

O tempo é comum a todo mundo. É igual a água pro peixe. Todo mundo está nessa água, ninguém sai dela, e se sair acontece a mesma coisa que acontece com o peixe: a pessoa morre. E sabe o que é que acontece nessa água, o tempo? Os peixes graúdos comem os miúdos. Só isso. Os graúdos comem os miúdos, e o oceano está pouco se lixando. (…)

Quando era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança”.

almasculina é feito por:

Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Identidade visual e arte: Glaura Santos (@glaurasantos).

Fotos: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

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