Com o coveiro, filósofo e cronista Osmair Camargo Cândido, o Fininho, e a participação especial da psicanalista, escritora, jornalista Maria Rita Kehl

O episódio #54 – Parte 2 do @almasculina traz o coveiro, filósofo e cronista Osmair Camargo Cândido, o Fininho, (@candidoosmair), que fala sobre masculinidades e parcerias, racismo e preconceito… Sempre relacionados à sua visão sobre as masculinidades.

A psicanalista, escritora, jornalista e integrante da Comissão Nacional da Verdade (2012-14) Maria Rita Kehl (@mariaritakehl.oficial) é a nossa convidada no “Lugares Comuns”, quadro que dá voz a especialistas, gente que pesquisa e entende muito do assunto, explicando termos, conceitos e ampliando a nossa visão sobre tópicos mais específicos.

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– Ouça aqui o episódio na íntegra: https://orelo.cc/almasculina

– Assista à gravação na íntegra no nosso canal no Youtube!

LUGARES COMUNS com a psicanalista, escritora, jornalista e integrante da Comissão Nacional da Verdade (2012-14) Maria Rita Kehl (@mariaritakehl.oficial) sobre “Masculinidades e ressentimento”:

Paulo Azevedo: “Eu queria muito que você contasse qual é o lugar do sentimento no nosso contexto atual, eu queria saber como o afeto se relaciona com um possível resgate da masculinidade tradicional e retrógrada”.

Maria Rita Kehl: “Certamente o ressentimento de parte de tantos homens tenham elegido esse desgovernante que nós temos, um    homem que diz eu tive três filhos depois eu fraquejei e veio uma mulher, um homem que diz eu só não te estrupo porque você é feia para uma deputada, ainda era deputada. Como tantos homens se identificaram com ele. Mulheres também votaram nele, mas falando do ressentimento masculino. Parece tão antiga já a emancipação das mulheres, tanto tempo que as mulheres belas, recatadas e do lar. Quando as mulheres deixaram de querer ser só isso para si, porque é bom ser bela, recata e do lar, porque não? Basta não humilhar seu marido em público, o resto a vida é sua. Certamente, produziu muito ressentimento e o ressentimento, e o ressentimento se produz quando você não percebe, que você participou, que você tem alguma responsabilidade sobre aquilo que o outro te causou. Então, vamos supor que se você é um homem que pensa que a mulher é uma propriedade sua, que trata ela me obedece e cala a boca, e depois um dia ou ela te trai ou ela se separa, ou ela começa a ficar mais exuberante, faz uma terapia, ou não te põe naquele pedestal que ela punha, você fica ressentido. Ressentido, quer dizer, você tem que alimentar aquele sentimento, pôr a culpa no outro, dizer ela me traiu, ou ela não é a mesma coisa, porque você não quer ver a sua participação nisso. Então, minha hipótese sobre o ressentimento que saiu nesse livrinho que agora a Boitempo reeditou, essa ideia de que o ressentimento é um afeto das paixões tristes, como diria Luiz Spinoza, ele tem que ser mantido, ele tem que ser requentado para o sujeito não ter que se deparar com a sua responsabilidade naquilo que o prejudicou”.

almasculina é feito por:

Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Identidade visual e arte: Glaura Santos (@glaurasantos).

Fotos: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

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