Com a escritora, doutora em literatura e curadora de literatura indígena Julie Dorrico & escritora, compositora e atriz Márcia Wayna Kambeba, e a participação especial do psicanalista, escritor e professor Christian Dunker

O episódio #65 – Parte 2 do @almasculina traz a escritora, doutora em literatura e curadora de literatura indígena Julie Dorrico (@dorricojulie) & escritora, compositora e atriz Márcia Wayna Kambeba (@marciakambeba), … E muito mais!

O psicanalista, escritor e professor Christian Dunker (@chrisdunker) “Lugares Comuns”, quadro que dá voz a especialistas, gente que pesquisa e entende muito do assunto, explicando termos, conceitos e ampliando a nossa visão sobre tópicos mais específicos.

E para que o almasculina continue no ar, precisamos da sua colaboração! Iniciamos uma campanha de financiamento coletivo que traz benefícios exclusivos para nossos apoiadores!

Acesse orelo.cc/almasculina e saiba mais! Participe!

E desde já agradecemos a todos os nossos apoiadores, em especial: Alexandre Valverde, Ana Maria Rodrigues, Ângela Mucida, Danilo Azevedo, Felipe Rocha e Juliana Dias.

– Ouça aqui o episódio na íntegra:

– Assista à gravação na íntegra no nosso canal no Youtube!

ASPAS:

– Livro “Ay Kakyriu Tama – Eu Moro na Cidade”, de Márcia Wayna Kambeba:

“O que fazer com o homem na vida

Que fere, que mata

Que faz o que quer?

Do encontro entre o “índio” e o “branco”

Uma coisa não se pode esquecer

Das lutas e grandes batalhas

Para o direito à terra defender.

A arma de fogo superou minha flecha

Minha nudez se tornou escândalo

Minha língua foi mantida no anonimato

Mudaram minha vida, destruíram meu chão.

Antes todos viviam unidos

Hoje, se vive separado.

Antes se fazia o Ajuri

Hoje, é cada um para o seu lado.

Antes a terra era nossa casa

Hoje, se vive oprimido.

Antes era só chegar e morar

Hoje, o território está dividido.

Antes para celebrar uma graça

Fazia-se um grande ritual.

Hoje, expulso da minha aldeia

Não consigo entender tanto mal.

Como estratégia de sobrevivência

Em silêncio decidimos ficar.

Hoje nos vem a força

De nosso direito reclamar.

Assegurando aos tanu tyura

A herança do conhecimento milenar.

Mesmo vivendo na cidade

Nos unimos por um único ideal

Na busca pelo direito

De ter nosso território ancestral.

O que fazer com homem na vida

Que fere, que mata

Que faz o que quer?

ESCUTA AQUI:

Márcia Wayna Kambeba (@marciakambeba) indicou:

– Leiam literatura indígena e ouçam músicas e conteúdos produzidos por indígenas;

Canal no YouTube do Daniel Munduruku:

Canal que reúne os vídeos do Escritor e Educador, Daniel Munduruku.

Julie Dorrico (@dorricojulie) indicou:

– Livro “Indians On Vacation” (“Indígenas de Férias”), de Thomas King (Editora HarperCollins Publishers):

– Filme “O Abraço da Serpente” (2016), de Ciro Guerra:

Théo (Jan Bijvoet) é um explorador europeu que conta com a ajuda do xamã Karamakate (Nilbio Torres) para percorrer o rio Amazonas. Gravemente doente, ele busca uma lendária flor que pode curar sua enfermidade. Quarenta anos depois, a trilha de Théo é seguida por Evan (Brionne Davis), outro explorador que tenta convencer Karamakate a ajudá-lo. “O Abraço da Serpente” foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (Colombia) Disponível na Apple TV+, Now, Youtube, entre outros;

– Projeto “Cine Kumurim”:

O Cine Kurumin – Festival Internacional de Cinema Indígena é um festival de cinema que exibe produções audiovisuais com temática indígena e reúne cineastas indígenas de diferentes etnias. Realizado desde 2011, edições do festival já aconteceram na cidade de Salvador e nas aldeias dos povos Tupinambá, Pataxó, Tumbalalá, Kiriri, na Bahia, e Yawalapiti, no Xingu. Em 2020, aconteceu a primeira edição em formato virtual. Nesta edição, comemoramos 10 anos de Festival Cine Kurumin com mais uma edição nas redes;

– Mostra “Tela Indígena”:

A Tela Indígena surgiu em 2016 com a vontade dos estudantes de Antropologia da UFRGS Ana Letícia M. Schweig, Carmem Guardiola, Eduardo Schaan, Geórgia de Macedo G. e Marcus Wittmann de divulgar produções e coproduções audiovisuais de cineastas indígenas e também aquelas produzidas por colaboradores não-indígenas. Com o cinema, os diretores indígenas podem criar narrativas e documentar histórias que abordam o cotidiano de suas comunidades e os direitos de seus povos. A ideia da Tela Indígena é servir de ponte entre o cinema indígena e um público amplo que deseja conhecer a arte das centenas de povos originários do Brasil e das Américas.

A Mostra de Cinema Tela Indígena exibe filmes realizados por indígenas e com essa temática. Durante a mostra, o espaço é demarcado e retomado através das sessões de filmes, mas também de atividades de troca de saberes com pensadores e artistas de vários lugares do Brasil, e, mais ainda, com arte contemporânea, artesanato e música indígena.

Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial) indicou:

– Documentário “A Última Floresta” (2021), de Luiz Bolognesi:

“A Última Floresta” retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid e outras doenças entre os indígenas.

 “A Última Floresta” venceu os prêmios de Melhor Documentário no Festival Zeichen der Natcht, em Berlim, e o Prêmio Artístico de Melhor Obra no Festival dos Povos Originários, de Montreal. Também conquistou o prêmio do público na mostra Panorama no 71º Festival de Berlim. O longa-metragem também conquistou o prêmio de Melhor Filme no 18º Seoul Eco Film Festival, na Coreia do Sul, em junho, e foi exibido no DocsBarcelona - Festival Internacional de Documentários, na Espanha, em maio, no Wairoa Maori Film Festival, na Nova Zelândia, e no Biografilm Festival, na Itália, em junho. O longa também foi exibido nos festivais Visions du Réel, na Suíça, e no Hot Docs, no Canadá. Disponível na Netflix;

– Série “Euphoria” (2019), criada por Sam Lenvinson:

Depois de 2 episódios especiais e muito tempo de espera, os fãs de Euphoria finalmente puderam conferir a estreia da 2ª temporada da série. Personagens complexos e cheios de camadas podem ser vistos em Euphoria a qualquer momento. E no início deste episódio, o público conferiu um pouco mais sobre a origem de Fezco, que tem muitas nuances dramáticas. Repleto de violência, o passado do personagem é marcado por passagens verdadeiramente angustiantes. Disponível na HBO Max;

– Filme “Sempre em Frente” (2021), de Mike Mills:

Depois da sua memorável atuação como Coringa, que lhe rendeu um Oscar, Joaquin Phoenix voltará às telonas como protagonista de SEMPRE EM FRENTE, do diretor Mike Mills. No filme, Phoenix interpreta um jornalista que precisa cuidar do seu jovem sobrinho enquanto embarca em uma viagem pelos Estados Unidos com o objetivo de entrevistar crianças sobre o que pensam do futuro.Juntos, estabelecem uma relação tardia, mas transformadora. Uma história delicada e profundamente comovente sobre as conexões entre adultos e crianças, o passado e o futuro. Em breve, nas plataformas;

– Filme “Licorice Pizza” (2022), de Paul Thomas Anderson:

Licorice Pizza é a história de Alana Kane (Alana Haim) e Gary Valentine (Cooper Hoffman) crescendo, correndo e se apaixonando no Vale de San Fernando, 1973. Os dois iniciam vários negócios, flertam, fingem que não se importam um com o outro e, inevitavelmente, se apaixonam por outras pessoas para evitar se apaixonar um pelo outro. Mas há um detalhe entre os dois: ela tem 25 e ele 15. Eles se conhecem em um dia de foto na escola de Gary, onde Alana está ajudando os fotógrafos no fatídico dia. Escrito e dirigido por Paul Thomas Anderson, o filme acompanha a navegação traiçoeira do primeiro amor e como Alana tem a jornada de autodescoberta de uma jovem: experimentando diferentes empregos e roupas, diferentes prioridades e personalidades e vendo o que se encaixa. Enquanto Gary está iniciando sua carreira de ator em Hollywood, com a ajuda dos pais e trazendo consigo Alana para o meio. Em breve, nas plataformas.

Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial) indicou:

almasculina é feito por:

Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Fotos e arte: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Colaboração: Glaura Santos (@glaurasantos) e Soraia Azevedo (@alvesdeazevedosoraia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

Siga e compartilhe o almasculina” e fale conosco:

Ouça e assine o almasculina” aqui:

Anchor fm Spotify Deezer Google Podcasts Apple Podcasts You Tube
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *