Com o o ator e diretor Fabrício Boliveira (@fabricioboliveira) e a participação especial do psicanalista, escritor e professor Christian Dunker

Continuamos com a 2ª parte do episódio #68  @almasculina com o ator e diretor Fabrício Boliveira (@fabricioboliveira) sobre branquitude, racismo, privilégios, além do nosso quadro aspas e ótimas dicas do escuta aqui!

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E desde já agradecemos a todos os nossos apoiadores, em especial: Alexandre Valverde, Ana Maria de Lima Rodrigues, Danilo Azevedo, Felipe Rocha e Juliana Dias.

– Ouça aqui o episódio na íntegra:

– Assista à gravação na íntegra no nosso canal no Youtube!

ASPAS

– Livro “Notas de Um Filho Nativo”, de James Baldwin (Editora Companhia das Letras):

“O modo como a imaginação vê o outro é determinado, é claro, pelas leis da personalidade de quem imagina, e uma das ironias das relações entre negros e brancos é o fato de, através da imagem que o branco faz do negro, o negro poder descobrir que espécie de pessoa o branco é. (…) Creio que uma das coisas que fazem as pessoas se apegar a seus ódios com tanta tenacidade é a sensação de que, uma vez dissipado o ódio, elas serão forçadas a enfrentar a dor. (…)

A raiva dos desprezados é pessoalmente infrutífera, mas é também de todo inevitável; essa raiva, muitas vezes desconsiderada e tão pouco compreendida até mesmo pelas pessoas para as quais ela constitui o pão de cada dia, é um dos elementos que constituem a história. É só com dificuldade, e nunca por completo, que a raiva pode ser dominada pela inteligência, e por isso ela não é suscetível a qualquer argumento. (…)

Na raiz do problema do negro americano está a necessidade do homem branco americano de encontrar uma maneira de conviver com o negro a fim de poder viver consigo mesmo. (…)

O racismo americano possui muitas engrenagens e já teve séculos suficientes para desenvolver uma impressionante camuflagem. É capaz de acumular sua maldade por muito tempo quase sem se mover, o tempo todo fingindo olhar para o outro lado. Como a misoginia, é atmosférico. A princípio, você não o vê. Mas depois você entende. ‘Quem fecha os olhos para a realidade contribui para sua própria destruição, e quem insiste em permanecer num estado de inocência quando a inocência já morreu há muito tempo acaba por transformar-se num monstro”.

ESCUTA AQUI

Fabrício Boliveira (@fabricio boliveira) indicou:

– Filme “Breve Miragem de Sol” (2019), de Eryk Rocha:

Vivendo à própria sorte e recentemente divorciado, Paulo começa a trabalhar como taxista durante a noite, no Rio de Janeiro. Trabalhando exaustivamente, ele sempre encontra novos rostos que o ajudam a enfrentar a solidão. Entre essas pessoas que encontra está Karina, uma enfermeira que traz a paz e o amor de volta para sua vida. Disponível no Globoplay;

– Livro “Crime do Cais do Valongo”, de Eliane Alves Cruz (Editora Malê):

Um corpo amanhece em um beco, envolto em uma manta e com pequenas partes cortadas. O crime do cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, é um romance histórico-policial que começa em Moçambique e vem parar no Rio de Janeiro, mais exatamente no Cais do Valongo. O local foi porta de entrada de 500 mil a um milhão de escravizados de 1811 a 1831 e foi alçado a patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2017. A história acontece no início do século 19 e é contada por dois narradores — Muana e Nuno — que conviveram com a vítima: o comerciante Bernardo Vianna;

– Conhecer as artistas Abigail Marianno (@abigailmarianno) e Malayka SN (@snmalayka);

– Novo álbum Manuela Nogueira (@manuelarodriguescantora);

Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial) indicou:

– Filmes os filmes com nosso convidado, como “Faroeste Caboclo”, “Simonal”, entre muitos outros disponíveis nos streamings;

– Série “Minx: Uma Para Elas” (2022), de Ellen Rapoport:

Joyce trabalhava como atendente em uma revista voltada a meninas adolescentes, a Teen Queen. Enquanto passava pelos dias em um trabalho entediante, ela sonhava em publicar uma revista feminista, com reportagens densas e revolucionárias para fazer as mulheres e a sociedade refletirem sobre assuntos urgentes acerca do feminismo. A publicação chamava-se O Despertar do Matriarcado.

No auge da intitulada Segunda Onda do Feminismo, em 1971, Joyce encarou uma feira de editoras e fez apresentações da revista. Mas só recebeu rejeições. Ninguém se interessava por aquele conteúdo, menos um publisher: Doug, especialista em revistas eróticas masculinas, com 12 edições diferentes nas bancas e 4 milhões de vendas. Disponível na HBO Max;

– Fime “Deserto Particular”(2021), de Aly Muritiba:

Daniel é um policial exemplar, mas acaba cometendo um erro que coloca sua carreira em risco. Sem enxergar um horizonte em Curitiba, ele parte em uma jornada à procura de Sara, a mulher com quem ele se relaciona virtualmente e por quem está apaixonado. Este encontro o transformará inteiramente e mudará o seu próprio destino. Disponível na HBO Max;

– Série “Lov3” (2022), de Felipe Braga e Rita Moraes:

Lov3 conta a história de três irmãos – Ana e os gêmeos Sofia e Beto– que moram em São Paulo e que se recusam a experimentar amor, sexo e relacionamentos da mesma forma que seus pais. Essa aversão ao convencional se torna ainda mais latente quando a mãe deles, Baby, decide abandonar o marido, Fausto, e um casamento de 30 anos. A mudança faz com que os três irmãos abram seu coração e sua mente para novas oportunidades, tendo de lidar, agora, com as complicações da liberdade. Aos 33 anos, a mais velha do trio é Ana, que reata com o ex-marido Artur, mas sem abrir mão de ficar com quem quiser. Já Sofia, de 24 anos, acabou de ser demitida do milésimo emprego e divide casa com um trisal que não a reconhece como parte da relação. Por sua vez, Beto é um jovem gay que só sente atração por homens héteros, de modo que precisa encontrar sua autoestima. Com personalidades muito diferentes, o trio navega por conceitos como poliamor, relacionamento aberto, trisal e sexo virtual, além de questões de gêneros. Disponível no Prime Video.

almasculina é feito por:

Idealização, roteiro, edição e apresentação: Paulo Azevedo (@pauloazevedooficial).

Trilha sonora original e mixagem: Conrado Goys (@conza01).

Fotos e arte: Vitor Vieira (@vitorvieirafotografia).

Colaboração: Glaura Santos (@glaurasantos) e Soraia Azevedo (@alvesdeazevedosoraia).

Realização: Comcultura (www.comcultura.com.br).

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